As poinséttias (Poinsettia pulcherrima), popularmente conhecidas como bicos-de-papagaio, vêm, há pouco mais de uma década, ganhando grande destaque no comércio sazonal natalino brasileiro. Além da sua versão tradicional – com as cores vermelha e verde intensas típicas do Natal – também são ofertadas nas colorações rosa, branca, amarela e creme, além de outras mescladas, conhecidas como variedades “glitter”. Arbusto semi-lenhoso, da família das Euphorbiáceas, originário do México, a planta faz parte dos jardins das fazendas brasileiras desde o século XIX. Só que, agora, essas plantas se apresentam melhoradas geneticamente e culturalmente miniaturizadas para o cultivo e comercialização em vasos, já em plena floração. As poinséttias se transformaram globalmente no símbolo do Natal. No mercado internacional, são comercializadas anualmente cerca de 700 milhões de vasos da flor, que somam movimentação financeira da ordem de US$ 4,5 bilhões. O principal centro produtor e consumidor está localizado nos Estados Unidos, que responde pela popularização da flor e pelo marketing que a transformou no símbolo, por excelência, da ornamentação floral do Natal. Vale lembrar que a própria denominação poinséttia deriva do nome de Joel Roberts Poinsett, que foi o primeiro embaixador dos Estados Unidos no México e que foi o responsável pela introdução da flor nos EUA. Porém, na Europa o consumo também já é elevado, somando entre 120 e 125 milhões de vasos a cada ano. No Brasil, os principais centros produtores de poinséttias são os polos florícolas paulistas de Holambra, Paranapanema, Alto Tietê (Mogi das Cruzes, Suzano, Arujá) e Ribeirão Pires, na Região Metropolitana da Capital, entre outros. Na Cooperativa Veiling Holambra, principal centro de comercialização atacadista da floricultura brasileira, entendidos no assunto afirmam que só na época do Natal são vendidos algo como 2 milhões de vasos de poinséttias, incluindo todos os tamanhos PT 6, 9, 11 e 14. Estima-se que nas demais partes do brasil se produz 500.000 vasos. Aqui no Brasil o cultivo é feito somente em estufas, pois para chegar nesta cor vermelha vibrante a planta precisa de uma noite mais longa e de somente 10 horas de luz/ dia. O hábito de comprar poinséttias para a ornamentação natalina no Brasil é relativamente recente e influenciado pelos padrões norte-americano e europeu. No nosso país, o crescimento do seu consumo doméstico está associado também aos seus preços mais acessíveis em comparação com outras opções de flores envasadas para o período e, ainda, à cultura do transplantio das poinséttias utilizadas na decoração posteriormente para os jardins residenciais ou condominiais, onde não apenas sobrevivem, mas podem tornar-se arbustos interessantes do ponto de vista ornamental. O consumo ornamental institucional, por sua vez, responde por parcelas consideráveis do escoamento da produção de poinséttias no Brasil. São principalmente os shopping centers e as empresas que passaram a adquirir grandes quantidades da flor no período natalino. Em Mogi das Cruzes (SP) 95% da produção é vermelha, o restante são amarelas e rajadas. Este ano a variedade da produção esta muito boa porque durante o período de produção (desde 05/ 2018) não se obteve picos muito altos de temperatura elevada, explica o produtor Tsutomu Makita, que este ano produziu a mesma quantidade que em 2017 – 25 mil vasos, e a comercialização esta a todo vapor desde a primeira semana de novembro. Valor da comercialização: vaso menor R$ 4,10 e o maior R$ 7,50. Cornélio Weel, que é produtor de Paranapanema (SP) e sócio da Cooperativa Veiling Holambra produziu este ano 350 mil vasos, adiantou todo seu período de produção e contratou 10 funcionários para auxiliar somente na produção de poinséttias. Para alguns produtores da região esta espécie representa 85% da produção.
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